*Movimento cívico e reivindicativo em representação de quem não gosta do Natal
Manifesto:
– Acabar com a exploração de animais, duendes, elfos e anjos.
– Liberdade para a vaquinha e o burrinho do presépio.
– Fim do abate desenfreado de árvores de Natal, que é um crime ambiental sem precedentes.
– Liberdade para as renas oprimidas e sobre-exploradas.
– Reforma antecipada para todos os pais natais mundiais, tendo em conta que esta é uma das profissões consideradas de mais desgaste físico e psicológico ao nível global. Exigimos o pagamento de retroactivos extraordinários, e o direito a uma reforma digna por séculos de trabalho forçado.
– Pôr fim ao desperdício de papel utilizado em cartas de Natal, postalinhos de Natal e afins, à custa das florestas e ecossistemas destruídos.
– Ensinar às crianças que as boas acções praticadas durante o ano não trazem presentes grátis, mas valem por si só. Os presentes oferecidos pelo envelhecido pai Natal, pelas renas cansadas ou pelos duendes e elfos explorados trazem o sorriso das crianças inocentes, mas pertencem às grandes corporações e aos seus magnatas, que viajam em iates e jatos privados.
– Pôr fim imediato à monarquia dos reis magos e dos seus camelos.
– Lutamos por um Natal mais inclusivo. Queremos um presépio que represente as minorias, o multiculturalismo e as diferenças de género.
– Boicote mundial à música de Natal.
– Exigimos um ponto final parágrafo à chacina anual de perus, uma realidade sombria que alimenta os mais tristes e infelizes comensais.
– Terminar com a tirania geométrica das bolas de Natal, dos embrulhos dos presentes (quadrados, redondos e rectangulares).
– Acabar com a exploração das ovelhas dos presépios. Acabar com a exploração dos pobres pastores nas mãos de oligarcas latifundiários sem escrúpulos. Donos dos presépios e produtores de queijinhos da Serra amanteigados, que só servem o gosto e apetite dos lobbies e dos grandes interesses económicos.
– Abaixo o trabalho precário dos duendes e elfos.
– Eliminar de uma vez todos os adereços decorativos de Natal que incluem também os laços e laçinhos dos embrulhos. Símbolos aristocratas e burgueses, prateados e dourados, são também sinais de uma sociedade superficial e materialista.
– Devolver ao cosmos, a onde pertencem e de onde nunca deveriam ter saído, todas as estrelinhas natalícias. O verdadeiro espírito natalício está no Universo.
– Investigar eventuais maus-tratos infantis de que o menino Jesus possa ter sido alvo (estava deitado e nu, estendido numas palhas em pleno inverno).
– Pretendemos combater a obesidade infantil: retirar as frutas cristalizadas do bolo-rei. Racionar o consumo das crianças de fatias-douradas, sonhos, filhoses e rabanadas.
– Eliminar a poluição visual das luzes de Natal nas nossas casas, cidades, vilas e aldeias. O objectivo é evitar que o elevado consumo energético que estas representam, afectem as nossas facturas mensais e futuras, considerando as alterações climáticas e os seus efeitos devastadores.
– Defendemos a substituição dos brinquedos das crianças por carinho, amor e harmonia.
– Proibição das decorações de Natal para combater o desperdício de plástico e resíduos poluentes.
– Repor o facto científico, comprovado por todas as mais altas entidades astronómicas e cosmológicas, de que a estrela de Belém, nunca existiu nem existe no cosmos ou Universo.
– Reduzir ao máximo, tendo em conta a sustentabilidade dos oceanos, o elevado consumo de marisco que se verifica nesta época, que é muito popular, sobretudo entre adultos e especialmente idosos. Esta tendência alimentar pode gerar severas crises de ciática que depois resultam na necessidade de recorrer aos serviços de emergência.
– Evitar mariscos, queijos e enchidos, em prol da saúde de todos e do bom funcionamento dos serviços de cuidados paliativos.
– Regresso da fava e do brinde no bolo-rei. A fava e o brinde são os únicos e verdadeiros símbolos gastronómicos, que representam a essência desta celebração pagã que é o Natal.
– É fundamental acabar com todas as forças que incitam as trocas de presentes de Natal. A troca de presentes natalícios é um cancro da sociedade e são os avós e os pais que mais sofrem e são atingidos por esta doença consumista. É preciso acabar com o cancro que promove o endividamento momentâneo e ilusório. Há que pôr fim a tudo aquilo que leva à desigualdade e à exclusão social, tornando as pessoas reféns dos bancos e das grandes instituições de crédito. Fim ao cancro financeiro.
– Utilizar termos neutros, respeitando o movimento LGBTQ+AI. O bolo-rei passar-se-á a chamar bolo Natal. Há que utilizar o termo menine quando nos referirmos ao nascimento de menine Jesus.
– Deixar de criar ilusões às crianças de que vivemos num mundo justo, solidário e pacífico. E que estes são os valores da humanidade, quando claramente não o são. Os orçamentos militares anuais e mundiais são muito superiores aos orçamentos natalícios que promovem a paz. As guerras matam mais crianças, mulheres e inocentes do que os todos os acidentes rodoviários atribuídos à época natalícia.
– Desprivatizar as redes de transportes de trenós, comboios de Natal, coches e carruagens. Renovar e investir em todas as empresas públicas e privadas do Natal, tais como pistas de gelo, balões-de-ar-quente, para serem: mais ecológicas, mais sustentáveis, mais amigas do ambiente.
– Garantir apoio psicológico, durante os meses de Janeiro e Fevereiro, através de uma linha telefónica que funcione 24h, todos os dias — SOS Natal. O objectivo é garantir apoio e acompanhamento para todas as vítimas que passaram um triste, infeliz e solitário Natal. E também para todos os trabalhadores que sofreram o excesso de trabalho e horas extraordinárias a lidar com pessoas enfurecidas.
– Assumir, de uma vez por todas, que Jesus foi e primeire bebe proveta do planeta, assumir que a inseminação artificial é um milagre científico e não de Deus, e que o aborto é um direito. Assumir que a vida na terra e de todos os seres vivos, mas mesmo todos, independentemente da cor, da religião, da origem é resultado de aliens, vindos de outro planeta numa galáxia distante. Um planeta onde o Natal é diário, a empatia inata, e a solidariedade, a igualdade, o respeito, o amor e a paz são sua fundação.
– Defender a prístina liberdade do ser, da natureza, o grande enigma do amor. Esta condição humana peculiar, que nos une e divide, como defendeu e partilhou Jesus com os seus apostoles, a Madalena e ele próprio. “Assim fossem escolhidas todas as nossas orientações”. De acrescentar que o Zé, a Virgem Maria e Deus também estavam no after-hours.
– Queremos justiça para todes es vitimes desta farsa e que seja reposta a verdade dos factos. Livres e felizes com pão e vinho. O Natal é todos os dias! Estou cheio. Já vomito o Natal!
CONTAMOS CONVOSCO
FELIZ NATAL!!!!!!!!!!