Ufa.

Às vezes, é preciso falar por onomatopeias. Nunca encontraríamos a palavra perfeita ou, pior ainda, corremos o risco de contaminar uma palavra de que até gostamos com a energia dos sentimentos que vivem neste corpo neste momento. Não que sejam maus, isso é completamente contextual e subjectivo, úteis serão certamente, senão a vida não teria evoluído milhões de anos no sentido do aqui e agora.

Ufa.

O que é, é-o sem se preocupar com conceitos humanos como justiça ou merecimento. As relações causa-efeito são por natureza polímeros complexos com projecções fractais e não linhas rectas. Mas as nossas redes neuronais viciadas em previsibilidade oferecem-nos mais um tentador cheiro de dopamina. E aí vamos nós, cabras lançadas montanha acima, em busca da confirmação que de depois, é sempre a descer.

Uau.

Afinal, mesmo quem corre por gosto cansa… a dor de burrice passada continua a mover nós e teima em insistir que basta enquanto baquetas batem em ritmo de marcha pró-universo, Versus uno.
Diariamente, sete mil milhões e mais de partículas humanas afastam-se e repelem-se sem ordem aparente, excepto para quem vê de fora.

Ha!

Os deuses votam, e o Sr. L é o próximo concorrente a deixar a casa… os familiares choram, os amigos consolam-nos. Um dia, chegará a nossa vez, cada um a seu tempo que as audiências estão a crescer e a cabeça do dragão já se vê, mas ainda parece estar longe. Será?
Isto de correr de costas e às vezes de pernas para o ar não é assim tão simples como aparenta ser para todos os outros.

Ai.

Não conto ser um bicho da conta muito mais tempo: comprei um kit metamorfose nos saldos com 40% de desconto e portes grátis. E em breve serei abelha-mãe, ou no pior cenário, varejeira, rainha da lixeira — mas ao menos passarei a ver a merda de cima em vez de andar a arrastá-la em bolinha à minha frente.

Vamos, vira-te Vénus.

Ufa.

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