Um dos primeiros debates que tivemos na R.Existência, quando estávamos ainda a fervilhar e a apurar o nosso conceito, foi qual a nossa aproximação e ligação às redes sociais.
A escolha de plataformas onde a nossa mensagem é difundida é uma decisão intimamente ligada à nossa identidade. Qualquer texto, ideia, pensamento que deseje ser transmitido e lido na Internet, independentemente do seu conceito, é moldado pela sua própria forma de transmissão ou não transmissão.
Uma escolha lógica foi não aderirmos nem ao Facebook, nem ao Instagram. A falta de supervisão supranacional e governamental de uma plataforma que não quer ser regulada, aliado ao seu modelo de negócios opaco que se prende com venda de dados privados e publicidade excessiva foram motivos suficientes para a decisão de não termos representação nessas redes.
Não trocamos a nossa integridade por likes ou shares. Somos cada vez mais profunda e orgulhosamente anti-Mark Zuckerberg. Mas também somos contra a censura, pelo que não andaremos a controlar quem partilhe o nosso conteúdo no Facebook ou no Instagram – no entanto, gostaríamos que os nossos R.Existentes usassem formas alternativas de propagar a mensagem.
Vamos estar no Medium (para quem não conhece, é uma plataforma de um dos cofundadores do Twitter, Evan Williams que a descreve da seguinte forma:
“Medium não é sobre quem tu és ou quem tu conheces, mas sobre o que tu tens a dizer.”
O foco do Medium está na qualidade e originalidade do conteúdo; é um espaço mais reflexivo em relação à maioria das redes sociais, ao qual recomendamos darem uma espreitadela se ainda não conhecem.
Existimos no Twitter porque achamos importante estar presentes nesta rede social devido à quantidade de pensadores, cientistas, escritores ou anticapitalistas que populam este espaço. Apesar de algumas aparentes semelhanças com o Facebook, o Twitter tem tido uma melhor abordagem em relação a políticas de privacidade e controlo de conteúdos. Os comentários serão desactivados uma vez que a nossa intenção é provocar debates e tertúlias no mundo real, isto é, fora da Internet.
A nossa presença social estará também num canal de Telegram: se se quiserem manter a par das últimas novidades e artigos da R.Existência, esperamos por vocês lá. Pensamos ser bom sítio para as nossas ideias e para comunicação no ciberespaço. Ao contrário de plataformas como o Facebook, que têm sido utilizadas para reprimir minorias ou incitar a violência (tal como aconteceu contra os muçulmanos Rohingya na Birmânia), o Telegram é o canal preferido de utilização da resistência activa de muitos revolucionários e contestatários pelo mundo fora. Hong Kong, Tailândia ou Bielorrússia são uns dos exemplos.
Com o tempo, poderemos rever se esta ou aquela plataforma se continua a adequar aos nossos ideais, entrando ou saindo de algumas plataformas; mas para já vamos tentar ser um pouco idealistas e acreditar nas nossas escolhas. Queremos pensamentos críticos tão longe dos algoritmos quanto possível.